História da Evangelização
A diocese de Conceição é criada como prelazia de Conceição em 1911, depois de um primeiro trabalho de Evangelização começado por Frei Gil de Vilanova e pelos seus Irmãos e Irmãs Dominicanos de Toulose (França) em abril de 1897.
As comunidades nascem e crescem, as primeiras vocações aparecem. É o período da borracha, dos garimpos e das madeireiras. O Sul do Pará acolhe trabalhadores de todos os cantos do Brasil. As Missões Dominicanas percorrem os territórios conhecidos e desconhecidos, realizando as “desobrigas”. Índios e posseiros convivem numa certa concórdia.
A partir do período dos militares, o afluxo de população se intensifica, os problemas sociais tornam-se predominantes. Violentos conflitos de terra opõem duramente posseiros e latifundiários. A sede da prelazia é transferida para Marabá, e novamente erigida. Novas cidades aparecem ao redor das antigas madeireiras. A “guerrilha do Araguaia” provoca a fidelidade das comunidades sustentadas pela Rádio Educadora dos Padres dominicanos, pelo “Movimento de Educação de Base” (MEB) e pelas Santas Missões Populares. As Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) ilustram uma nova maneira de ser Igreja. Leigos e Padres confessam sua liberdade até o sangue. Marcas de profunda coerência com o Evangelho aparecem no corpo da Igreja.
O papa João Paulo II erige novamente em 1976 a Diocese de Conceição do Araguaia, sendo desmembrada da Sede de Marabá e de Cristalândia. em 1979, Conceição do Araguaia é erigida como diocese. A exigência de fazer-se mais presente nesses novos centros urbanos para evangelizá-los, estruturando melhor o trabalho das comunidades, interpela a diocese. As Pastorais atuam em nome da Igreja envolvendo toda a sociedade. Mas Conceição do Araguaia, a “Cidade Mãe”, é suplantada por Redenção, e aos poucos por outros municípios. A demora da Reforma Agrária perpetua e os conflitos sociais deixa uma parte significativa do nosso povo abandonado. Os assentados constituem uma grande parte da população rural da Diocese, sofrendo pela fraqueza do apoio à agricultura familiar.
O pluralismo cultural e religioso modifica o rosto do povo e os seus costumes. A globalização interessa-se às massas e se esquece da pessoa humana com seus anseios incontornáveis. Sente-se a necessidade de criar um estado do Sul do Pará, mais próximo da vida do povo.